João Pombeiro
Galeria Paulo Amaro
É inegável a existência de uma atracção por escrever letras pretas sobre um fundo branco. Para além da fácil leitura deverá haver algo de metafisico, pois isso vai desde a simples escrita à máquina ou no Word do computador e até à arte conceptual. Estamos aqui então na tal fronteira existente entre as artes plásticas e a escrita que nos pode levar desde Lawrence Weiner até aos concretistas brasileiros ou ao também brasileiro Arnaldo Antunes, entre outros.
Aqui estaremos perante um exemplo de arte conceptual? Será que o artista assim designa o seu trabalho? Estas questões colocam-se devido à desarmante honestidade e realismo com que João Pombeiro coloca a arte perante o mundo mercantilista e mesmo filosófico da mesma. Essa afirmação começa logo numa impressão a laser limitada a 500 cópias onde ele posa a segurar num cartaz que diz “I’m a Real Deal” e depois segue através de várias pinturas, esculturas, vídeos, tudo numa plasticidade de preto e branco e numa ironia constante com o tal mundo da arte e numa liberdade linguística que brota da poesia visual. Joga-se com conceitos, com ideias feitas, ou simplesmente com a linguagem. O que é bom.
João Pombeiro estudou na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha e expõe desde 1998 em colectivo ou individualmente, de Berlim a Lisboa. Quanto a esta exposição, vale a pena “ler”. Mas cuidado, pois “Language is a virus” como afirmava o escritor beat William Burroughs.
Leonel de Jesus
in TimeOut
Galeria Paulo Amaro
É inegável a existência de uma atracção por escrever letras pretas sobre um fundo branco. Para além da fácil leitura deverá haver algo de metafisico, pois isso vai desde a simples escrita à máquina ou no Word do computador e até à arte conceptual. Estamos aqui então na tal fronteira existente entre as artes plásticas e a escrita que nos pode levar desde Lawrence Weiner até aos concretistas brasileiros ou ao também brasileiro Arnaldo Antunes, entre outros.
Aqui estaremos perante um exemplo de arte conceptual? Será que o artista assim designa o seu trabalho? Estas questões colocam-se devido à desarmante honestidade e realismo com que João Pombeiro coloca a arte perante o mundo mercantilista e mesmo filosófico da mesma. Essa afirmação começa logo numa impressão a laser limitada a 500 cópias onde ele posa a segurar num cartaz que diz “I’m a Real Deal” e depois segue através de várias pinturas, esculturas, vídeos, tudo numa plasticidade de preto e branco e numa ironia constante com o tal mundo da arte e numa liberdade linguística que brota da poesia visual. Joga-se com conceitos, com ideias feitas, ou simplesmente com a linguagem. O que é bom.
João Pombeiro estudou na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha e expõe desde 1998 em colectivo ou individualmente, de Berlim a Lisboa. Quanto a esta exposição, vale a pena “ler”. Mas cuidado, pois “Language is a virus” como afirmava o escritor beat William Burroughs.
Leonel de Jesus
in TimeOut